Dieta Paleo: regressar ao Paleolítico durante as refeições
Existem várias formas de promover uma vida saudável, mas poucas são tão abrangentes e eficazes como a Dieta Paleo que, graças a uma alimentação à base de produtos frescos, semelhante à dos nossos antepassados, e também a períodos de jejum e atividade física regular, ajuda a prevenir doenças, a envelhecer de forma ativa e até emagrecer. Vamos conhecer melhor este regime alimentar Paleolítico? Para lhe começar a falar em Dieta Paleo, é necessário explicar que, apesar da distância temporal, o nosso genoma é quase idêntico ao do caçador recoletor do período Paleolítico. É verdade, (ainda) temos um património genético perfeitamente adaptado ao meio ambiente e ao modo de vida dos nossos antepassados cuja alimentação era composta por produtos de origem vegetal e de animais selvagens, peixe e caça. E isto sem esquecer que, para comerem, os nossos antepassados acabavam por ter uma atividade física regular e intensa (entre a caça e a recolha de alimentos na natureza) e, em consequência, um estilo de vida que está a anos luz de distância daquele que os homens têm hoje em dia. Mas isso não invalida o facto de o corpo humano continuar muito bem adaptado à alimentação do Paleolítico, não obstante ainda não se ter adaptado completamente à alimentação da agricultura, que em termos evolutivos é recente. Assim, e apesar da agricultura ter alterado a alimentação e estilo de vida das pessoas, não mudou a genética. E é por isso que pode e deve preferir alimentos ricos em nutrientes e o mais naturais e com o menor processamento industrial possível. Com uma Dieta Paleo despede-se dos hidratos de carbono e das gorduras em excesso, previne os diabetes e as doenças cardiovasculares, entre outras, mantém um peso ideal e prepara-se para um envelhecimento ativo e positivo. Se ficou interessado em envelhecer sem ficar velho, marque hoje mesmo uma consulta de medicina anti-aging para implementar um novo modelo de saúde que lhe garanta o máximo de bem-estar! A Dieta Paleolítica começou a ser recomendada em 2011, quando o cientista norte-americano Loren Cordain, especialista em nutrição e fundador do movimento Paleo, publicou um livro (chamado precisamente “A Dieta do Paleolítico”) onde explica que a alimentação do homem moderno deve ser baseada nos hábitos alimentares adquiridos durante o período pré-agrícola. Segundo o movimento, não se trata de recriar o modo de vida e as refeições dos nossos antepassados, mas sim considerar as linhas orientadoras deste modelo e adaptá-las – consoante a realidade de cada um – na alimentação para promover a saúde, energia, bem-estar físico e emocional. Alimentação Paleo O modelo de Dieta Paleolítica foi criado com a premissa de que as doenças mais comuns dos tempos modernos (diabetes, distúrbios metabólicos, problemas do coração, obesidade…) são a resposta do corpo humano ao excesso de hidratos de carbono, açúcar e alimentos processados comuns na dieta contemporânea. Pelo contrário, uma alimentação Paleo baseia-se em alimentos simples à base de produtos naturais não transformados. No fundo, trata-se de comer basicamente o que o homem do Paleolítico era capaz de caçar ou recolher da natureza, sem nos esquecermos que na data os solos não eram cultivados e os animais não tinham sido domesticados, dai que os cereais e lacticínios tenham de ficar de fora. Ainda assim, é importante referir uma vez mais, que estas são apenas linhas diretrizes que podem e devem ser adaptadas às necessidades de cada um. Alimentação Paleolítica – O que deve comer Vegetais (todos) Tubérculos (batata, batata-doce, mandioca, inhame) Proteínas (carne de pasto, peixe selvagem, marisco, ovos de galinhas criadas ao ar livre…) Fruta (toda) Oleaginosas (amêndoas, cajus, nozes…) Sementes (sésamo, abóbora, girassol, linhaça e chia) Gordura (óleo de coco, óleo de macadâmia e azeite) Carne (preferencialmente de animais que não são alimentados com ração) Peixe (todos) Ovos Nozes e sementes Óleos saudáveis (azeite, óleo de coco, óleo de macadâmia) Bebidas (água) Alimentação Paleolítica – O que não deve comer Cereais (trigo, centeio, aveia, arroz) Leguminosas (feijão, grão, lentilhas…) Laticínios (leite, iogurte, queijo, natas) Gorduras (óleo e margarinas vegetais) Hidratos de carbono (pão, arroz, massas…) Produtos processados (com adição de açúcares, sal, óleos, corantes…) Comida industrializada (frituras, açúcar refinado e óleos polinsaturados) Açúcar (doces) Período de jejum Um dos aspetos mais polémicos da Dieta Paleo é, ao mesmo tempo, um dos seus principais benefícios: o jejum prolongado. É verdade que os nossos antepassados eram obrigados a jejuar porque não encontravam comida todos os dias, mas a Dieta Paleo defende o jejum – períodos de 16 a 24 horas sem ingerir alimentos. E a explicação é simples! O jejum é fundamental porque, não tendo o organismo a fonte primária de alimento (a comida que se ingeriu), ao fim de 10 horas vai recorrer à segunda fonte, a gordura, e assim a pessoa mantém um índice estável e saudável de glicose. Além disso, o jejum promove a leptina (a hormona da saciedade), pelo que quem faz jejum intermitente, habitua-se a comer menos e sente-se bem com isso. De ressalvar, contudo, que os períodos de abstinência dependem de pessoa para pessoa e ainda assim não devem ultrapassar as 24 horas para não causarem hipoglicemia, dificuldade de concentração e perda de massa muscular, entre outros problemas. Trate da saúde antes da doença na Clínica Pinto Coelho. Consiga uma maior e melhor longevidade, sem recorrer a medicamentos. Dieta Paleo – Emagrece? Sim, emagrece porque uma vez que reduz o consumo de hidratos de carbono, reduz o seu peso. Repare que os hidratos de carbono (pão, massa, arroz…) são alimentos digeridos rapidamente no estômago que apresentam elevados níveis de glicose na corrente sanguínea, e a glicose em excesso pode ser metabolizada e transformada em gordura. A alimentação Paleolítica prevê também a eliminação de alimentos industrializados com glúten ou lactose, pois o seu consumo está associado ao ganho de peso e a alguns problemas de saúde. Em contrapartida, a Paleodieta prevê o consumo de alimentos ricos em proteína para manter elevados níveis de saciedade e preservar a massa muscular. Desta forma, se as quantidades de alimentos Paleolíticos forem controladas e o plano alimentar devidamente cumprido,